Especialista em Gestão Empresarial dá recomendações aos gestores para controle da doença nos ambientes de trabalho
O número de casos confirmados do coronavírus no Brasil saltou de 98 para 234 nos últimos quatro dias, além de 2.064 suspeitos de infecção pela doença Covid-19, conforme números disponíveis na manhã desta terça-feira, 17 de março. Órgãos públicos e agências de saúde estão em alerta, adotando medidas de controle. Mas segundo o especialista em Gestão Empresarial Diego Martins, as empresas têm um papel essencial neste momento para evitar o colapso do sistema público de saúde – como ocorreu na Itália.
“Em menos de três semanas o novo coronavírus sobrecarregou o sistema de saúde em todo o norte da Itália. A evolução da doença no Brasil agora é exponencial, isso significa que as empresas precisam assumir um papel ativo no controle, considerando a saúde e segurança dos funcionários e a redução dos riscos para a economia como um todo”, defende Diego.
O especialista cita dados da agência In Press Porter Novelli para reforçar a importância da comunicação dos gestores com seus funcionários. “A agência avaliou 1.767.521 menções ao Coronavírus na Internet e descobriu que 91% desse conteúdo é o bate papo do cidadão comum, 8,34% é informação da imprensa e apenas 0,62% das marcas e organizações. Menos ainda veio do governo, que produziu 0,03% desse conteúdo”, descreve.
Da pesquisa citada, o mais alarmante para o especialista é que apenas 12% eram informações sobre prevenção. O demais conteúdos são fake news, humor e dados sobre a propagação no Brasil e no mundo. “Os empresários precisam assumir o protagonismo da comunicação com seus trabalhadores. Eles são seu principal público-alvo neste momento. É fundamental manter uma linha aberta para tirar dúvidas, diminuir o pânico e combater fake news. Vale explorar parcerias de empresas de Saúde, como fornecedores de convênios para os funcionários, que possam fornecer informação de qualidade ao seu público interno. Sabemos que a higiene é a maior prevenção, mas só 2% das informações monitoradas eram sobre isso. É preciso divulgar o obvio”, indica Diego Martins.
Recomendações para conter a contaminação no trabalho
O coronavírus mostra, em seu ápice, que algumas práticas rotineiras precisam ser repensadas até no ambiente de trabalho, uma vez que a doença é transmitida por apertos de mão, tosse, espirros e contato com boca, nariz ou olhos após tocar superfícies contaminadas. “Um hábito que precisa diminuir é a saudação, que deve ser trocada por um cumprimento à distância, idealmente há um metro e meio. Eventos de equipe, capacitações e happy hours devem ser repensadas. É solidário liberar, temporariamente, os funcionários acima de 65 anos das suas atividades. Além disso, os doentes precisam ficar em casa. Apesar de trabalhar doente soar como lealdade à empresa, a condição de uma pessoa pode colocar os demais membros da equipe em risco”, completa Diego.
O especialista em Gestão compartilha informações que teve acesso, de um benchmarking feito com as principais empresas do varejo, indústria e tecnologia brasileiras. “Também conversei com as associações e entidades de classe, um dos principais polos industriais do nosso estado. Todas têm distribuído comunicados de prevenção e respostas às principais dúvidas, também reforçaram a o álcool em gel nos ambientes. A maioria cancelou viagens internacionais, adotou procedimentos de reuniões à distância, home office na medida do possível e liberação dos profissionais que estão nos grupos de maior risco, como idosos e doentes crônicos”, compartilha Diego. Ele lista as medidas de controle adotada pelas principais empresas do país:
Quem puder, deve trabalhar de casa
“É extremamente válido instituir o home office, para quem puder. Caso o crescimento continue expressivo, as empresas devem reduzir as operações ao máximo ou até considerar a suspensão, mesmo que isso seja uma questão economicamente complicada, porque se nosso sistema público de saúde ficar sobrecarregado, o impacto econômico e moral na equipe vai ser muito maior, como já vimos no exterior”, recomenda o especialista.
As empresas que eventualmente não puderem optar pelo funcionamento home office, que permite o trabalho dos funcionários de casa, precisam redobrar os cuidados com higiene como forma de conter a proliferação do coronavírus (Covid-19). A Organização Mundial da Saúde recomenda estabelecer uma rotina de higienização nos ambientes de trabalho, com quatro a cinco limpezas por dia em maçanetas, superfícies e áreas comuns. Profissionais devem fazer paradas obrigatórias a cada hora para que façam a lavagem das mãos.
Uma alternativa para as empresas que possuem agenda de reuniões importantes, que não podem ser canceladas, são as videoconferências. A tecnologia permite a conversa entre pessoas ou grupos, de lugares diferentes, o que diminui os riscos de contaminação por contato. Ferramentas tecnológicas como Skype e Zoom, cujas ações subiram 80% nas últimas semanas, podem substituir as reuniões presenciais. Empresas de tecnologia como a Microsoft e a Google liberaram ferramentas gratuitamente para auxiliar no trabalho à distância durante este período.
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