* Este texto integra a coluna Comunicação Contemporânea, escrita pela jornalista Sílvia Mendes, Diretora de Conteúdo da Huna, para o jornal Linha Popular, em Camboriú.
Você é o que você consome. Para os nutricionistas isso tem a ver com comida. Aqui, no caso, estou falando de informação.
Um dos problemas da humanidade nas redes sociais é que a gente geralmente não escolhe, conscientemente, o que coloca para dentro. Ambientes como Instagram, Facebook e Google são planejados para se adaptar a cada indivíduo. Aos poucos, conforme você vai curtindo, comentando, seguindo, compartilhando e pesquisando, o conteúdo que aparece vai sendo filtrado especialmente para o seu perfil.
A programação desses ambientes é planejada para criar uma “sala de estar” confortável e quentinha, onde você se senta e assiste o que gosta, reforçando as coisas em que você já acredita. A ideia é omitir aquilo que pode causar desconforto para: a) você passar bastante tempo on-line; b) entregar propaganda certeira para atender suas necessidades e motivar seus desejos.
Eu gosto de astrofísica. Isso não tem nada a ver com nenhum aspecto prático da minha vida. Eu só tenho essa curiosidade de saber coisas inúteis sobre astronomia.
Por isso, há algum tempo, decidi encher minhas redes sociais de informações sobre isso. Acessei várias páginas do tema, comecei a seguir e fui clicando nas publicações. Curti, comentei e compartilhei um pouco de cada até os algoritmos entenderem que era para me mostrar aquele conteúdo.
Pra quem não sabe, algoritmos são os códigos de programação que dizem aos sistemas de computador o que fazer.
Eu não sei o que aparece para você nas suas redes sociais. Talvez você receba muito conteúdo apontando os erros de um grupo político. E mais ainda apontando os acertos de outro grupo político, oposto. Isso é extremamente comum, porque assim como as marcas de produtos vendidos por aí, os partidos políticos também entendem o funcionamento dos algoritmos e direcionam conteúdos nas redes sociais de acordo com o perfil do público.
Entender como a Internet funciona ajuda a fazer melhor uso dela. Você pode fazer uso consciente da informação disponível, como aprender astronomia, botânica, tricô, qualquer coisa. Ajuda a variar o cardápio e se nutrir de pontos de vista mais variados, a sair da bolha.
Mas a dica que eu queria dar mesmo é: corra e olhe o céu. O Instagram me contou que, neste ano, vamos ter vários fenômenos observáveis a olho nu. Se você perdeu a superlua do 9, se liga: no dia 24 de março, vai dar para ver Mercúrio, é só olhar para o leste pouco antes de o Sol nascer. Na mesma noite, se você olhar para o oeste logo depois do pôr do Sol, vai poder ver o planeta Vênus. A maior superlua do ano aparece 7 e 8 de abril. Em maio, dias 6 e 7, tem chuva de meteoros por conta da passagem do cometa Halley. Pode render cerca de 40 meteoros por hora e o cometa Halley só passa de novo por nós no ano 2062. Interessante, né? Eu acho.
22
FEV
Medo ou preconceito? A explosão das dancinhas no TikTok, ao mesmo tempo que popularizaram a red[...]
22
FEV
Usar hashtags é uma prática mais que recomendada. Usando as hashtags corretas do seu tema e loc[...]
22
FEV
Neste Dia Global do Empreendedorismo Feminino, data criada pela Organização das Nações Unidas ([...]
Ao continuar navegando, você concorda com nosso uso de Cookies (proprietários e de terceiros) para melhorar a sua experiência e ajudar o site a rodar de forma eficaz.